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Quinta da Fornalha:um modelo de sustentabilidade da agricultura tradicional do Algarve
Título: Quinta da Fornalha
Tema: Jovens; Agricultura e Agro-indústria; Empreendedorismo, emprego e inclusão social

Promotor:
Fornalha - Produções Sustentáveis, Unipessoal, Lda.








Local: Castro Marim; Região do Algarve
Fundo: FEADER
Programa: PRODER
Medida / Ação:
1.1 Inovação e Desenvolvimento empresarial / 1.1.3 Instalação de Jovens Agricultores
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Outros Programas:  
Custo total: 40000.00 € Financiamento comunitário: 30000.00 €
Financiamento Nacional: 10000.00 € Financiamento privado:0.00 €
Síntese
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O projeto de instalação de uma jovem agricultora na Quinta da Fornalha, uma pequena exploração agrícola de  policultura tradicional algarvia, permitiu desenvolver uma estratégia exemplar de valorização dos produtos tradicionais, através da sua transformação e encaminhamento para o mercado da agricultura biológica e gourmet.  

Enquadramento
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No concelho de Castro Marim e inserida parcialmente na Reserva Natural do Sapal, a Quinta da Fornalha é uma exploração agrícola tradicional algarvia de 26,94 ha que produz laranja, figo, alfarroba e azeitona em modo de produção biológico.

Em 2009, a jovem agricultora aceitou o desafio lançado pelo pai de trocar a carreira de psicóloga pela agricultura e assumir a gestão da empresa familiar.

A estratégia seguida de valorização dos produtos locais, através da transformação, a exploração do mercado do figo fresco primor, a venda direta na exploração e a diversificação das atividades através do turismo, transformaram a Quinta da Fornalha num projeto piloto de sustentabilidade, que desenvolve uma diversidade de atividades ligadas ao meio envolvente, de modo a criar uma economia sustentável, baseada na utilização dos recursos disponíveis, assim como no respeito e manutenção dos ecossistemas e tradições culturais existentes.

Objetivos
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O projeto empresarial, associado à primeira instalação de jovem agricultora, teve por objetivos obter maior valor acrescido do produto final, diminuir as perdas económicas resultantes do produto fresco sem valor comercial, pela conservação dos frutos e a sua venda durante o todo o ano,  permitindo melhorar a faturação da empresa.

Descrição
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O plano de negócios, associado ao projeto de instalação,  centra-se nas produções de alfarroba, azeitona, laranja e figo.

A alfarroba (Mulata) é comercializada através da Organização de Produtores AGRUPA.
A azeitona destina-se à confeção de azeite com marca própria.
A laranja (Lane late) é vendida através da FRUSOAL, uma OP sediada próxima da exploração.
O figo (Lampa Branca e Lampa Preta) é vendido no mercado regional e nacional, em verde e em seco.
A exploração já se encontrava certificada para o modo de produção biológico, seguindo-se apenas o processo de transferência da certificação para a atual empresa.
A prioridade do projeto está na inovação, com forte aposta na confeção de novos produtos: secagem e desidratação de frutos e produtos hortícolas (figo seco biológico e tomate seco biológico), doces, compotas, geleia e marmelada (figo em calda com laranja e gengibre biológicos, morango em calda com gengibre cristalizado, chutney de figo, conserva de tomate e pimentos), produtos de confeitaria (trufas de figo com chocolate preto e cacau, barras de figo com chocolate e laranja), condimentos e temperos (flor de sal com ervas mediterrâneas, azeite aromatizado), produção de licores e outras bebidas destiladas (aguardente aromatizada com figo e lima).


 

Resultados
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A implementação do projeto permitiu a instalação da jovem agricultora, assumindo esta a responsabilidade e a gestão da exploração agrícola familiar, assente na sustentabilidade e no modo de produção biológico.

A estratégia seguida tem permitido manter a atividade produtiva da exploração e a valorização de alguns produtos, através da sua transformação em produtos diferenciados, contribuindo assim para a rentabilidade da exploração e a manutenção de 6 postos de trabalho (para além da jovem agricultora , foram criados 5 postos de trabalho permanentes: um cozinheiro, uma administrativa, um relações públicas, um salineiro, um trabalhador agrícola)

Outra informação
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Em paralelo com a atividade agrícola, a Quinta da Fornalha, situada a 3Km do mar, reabilitou várias casas antigas dispersas pelos campos e pomares,  dispondo agora de 6 unidades de alojamento local com capacidade para 30 pessoas.

Foi igualmente renovada a tradição familiar da salinicultura com o desenvolvimento de novos produtos. 

Alguns dos planos agrícolas foram também alterados:
 - A comercialização de alfarroba passou, em 2014, para um transformador biológico certificado , com reflexos no preço/kg.
 - O figo fresco passou a ser exportado na totalidade e a aquisição nacional da mesma matéria-prima é certificada. 
 - No caso da laranja,  a empresa optou pela sua transformação, uma vez verificado o grande número de laranjeiras com danos nos enxertos e com produção de laranja amarga.
- A  qualidade dos produtos  transformados permitiu o reconhecimento nacional da marca, com diversas reportagens televisivas promocionais, que alavancou também a área do turismo e as vendas diretas na exploração.
 - Foram criados  novos produtos como a manteiga de alfarroba e amêndoa, a aguardente com piri-piri, compotas de outros frutos como albricoque ou laranja amarga.

A beleza e tradição da exploração atrairam visitas de universidades e escolas técnicas (Universidade do Algarve, Universidade de Ciências Gastronómicas de Bolonha, Universidade Nova de Lisboa).
Estabeleceram-se formas de cooperação com empresas de animação turística que trazem periodicamente  30 a 50 turistas 3x por semana para visitar a Quinta, provar os produtos e adquirir alguns.
A Quinta tornou-se atrativa e um exemplo de boas práticas. Em 2014, iniciaram-se também parcerias com a Câmara Municipal de Castro Marim para realizar atividades pedagógicas dirigidas à população escolar do 1ºciclo, focadas na tradição agrícola, práticas ambientais corretas e sabores ancestrais.
A Quinta da Fornalha foi o único stand português a participar no Salone del Gusto 2014 em Turim, feira expoente máximo da agricultura familiar e produtos gourmet, organizada pela organização mundial de Slow Food.

Contacto
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Nome: Rosa Maria Cardoso de Resende Palma Dias
Morada: Quinta da Fornalha 8950-186 Castro Marim
Telefone: +351 917 107 147 E-mail: rosita_dias@hotmail.com Website: http://www.quinta-da-fornalha.com
Documentos e vídeos:  
Data da informação: 27-05-2015