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Rentabilidade, sustentabilidade de regadios
Título: Contribuição para o aumento da rentabilidade e da sustentabilidade ambiental dos regadios a Sul do Tejo.
Tipologia: Parceria Público/Privada
Promotor: Instituto Politécnico de Portalegre / Escola Superior Agrária de Elvas (Escola / Centro de Investigação)

Outros promotores:
Associação Para o Desenvolviento em Espaço Rural do Norte Alentejano Associação de desenvolvimento
Instituto Superior de Agronomia / Unidade de Investigação e Química Ambiental Escola / Centro de Investigação
Associação de Agricultores DO Distrito de Portalegre Associação agrícola
Centro Operativo de Tecnologias do Regadio Escola / Centro de Investigação
   
   
   
   
 

Localização:  
Concelho:  
Fundo: FEADER Programa: PRRN
Área de intervenção / Ação:
AI 1 Capitalização da Experiência e do Conhecimento 1.2. Promover a identificação, análise e a difusão de boas práticas e novos conhecimentos que respondam às necessidades dos agentes e criação e gestão de uma base de dados específica para o efeito
AI 1 Capitalização da Experiência e do Conhecimento 1.3. Promover o acompanhamento da integração de boas práticas transferidas no desempenho dos agentes de desenvolvimento rural
   
Prioridade temática: Agricultura
Custo total: 181.326 € Financiamento comunitário: 90.663 €
Financiamento Nacional: 90.663 € Financiamento privado:0 €
Data de aprovação: 12-2011 Data de conclusão: 06-2013
Síntese
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Esta operação consiste num conjunto de actividades que visam a transferência de experiência e conhecimento para os agricultores e técnicos agrícolas, que operam no Sul do país, sobre o impacto do regadio nas características químicas dos solos e sobre a forma de minorar esses impactos, aumentando a rentabilidade económica das explorações agrícolas e a sustentabilidade dos agro-ecossistemas de regadio. 
Esta operação surge numa fase em que o regadio se encontra em franca expansão no nosso país, sendo previsível que a área regada no Alentejo mais que duplique na próxima década.
Neste contexto propomo-nos desenvolver uma operação cujo principal objectivo é a divulgação de conhecimento obtido, no âmbito de projectos de investigação que temos desenvolvido ou que têm sido obtidos em localizações similares, nomeadamente pelos nossos colegas espanhois, sobre quais os tipos de solo (de entre os tipos de solo mais frequentes na bacia mediterrânica) que poderemos regar com menos impacto sobre as suas caraterísticas químicas, quais os solos que poderemos regar embora com restrições e quais os tipos de solos que devem ser vedados ao regadio. 
Pretendemos ainda divulgar conhecimento sobre quais os parâmetros químicos do solo que sofrem mais alteração devido à prática continuada do regadio e portanto necessitam de uma monitorização mais frequente, por forma a garantir  a manutenção do potencial produtivo desses solos.
 Complementarmente, com base em resultados experimentais existentes e que serão completados com base em resultados obtidos no decurso desta operação, pretendemos desenvolver duas ferramentas informáticas que serão cedidas aos agricultores, contribuindo para uma melhor performance económica e ecológica das suas explorações. 
A primeira destas ferramentas será um sistema de informação geográfica que desenvolveremos para área em estudo através do qual, de uma forma rápida, o agricultor, com base em conhecimento do solo (várias características químicas do solo) e clima, poderá determinar qual a área preferencial de implantação de uma cultura. 
A segunda ferramenta terá, igualmente com base num sistema de informação geográfica, a capacidade de calcular em qualquer ponto de área em estudo, conhecendo a cultura e a produção espectável, a quantidade a aplicar dos vários nutrientes. Esta última será um primeiro e decisivo passo para a implementação da agricultura de precisão, muito mais rentável e amiga do ambiente.



 



 




 


 


 

Enquadramento
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Verifica-se um desconhecimento quase total do impacte do regadio sobre as características químicas do solo e logo sobre a sustentabilidade deste sistema 
de produção em condições mediterrânicas e em partícular nas condições prevalecentes do Sul de Portugal. 

Existe uma necessidade premente de informar agricultores e técnicos agrícolas sobre os riscos que a prática do regadio acarreta para a sustentabilidade dos solos. 

É ainda de importância primordial transferir conhecimento e experiência para estes agentes agrícolas no que respeita a que culturas regar, como regar (quantidade de água a aplicar e tecnologia utilizada), em que medida deve ser tida em conta a qualidade da água utilizada na rega e, em especial, quais os tipos de solos mais propícios a esta prática.  
Objetivos
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Entre os objectivos específicos desta operação está a transmissão de conhecimento e experiência aos agricultores e técnicos agrícolas nos seguintes domínios:
1. Conhecer quais os tipos de solo que vêem as suas características mais alteradas pelo regadio, determinando assim quais os tipos de solo mais e menos afectados por esta prática; 
2. Saber quais os parâmetros que mais se alteraram e portanto os que carecem de monitorização mais frequente; 
3. Saber quais as culturas ou rotações culturais de regadio que têm mais impacto nas características químicas dos solos. 
4. Estabelecer mapas de susceptibilidade à degradação pela prática do regadio; 
5. Indicar quais as zonas a regar sem limitações e quais as zonas que devem ter limitações ao seu uso em regadio; 
6. Indicar quais as culturas ou rotações culturais de regadio que devem/podem ser usadas numa determinada localização; 
7. Indicar de forma clara quais as áreas que, pelo grau de degradação que possuem, não devem ser submetidas a regadio, sobre o risco de se tornarem inférteis e potenciarem a desertificação 

Como objectivos complementares temos: 
1. Com os dados que possuímos e que completaremos no âmbito da presente operação, criar um SIG para cálculo da fertilização para as diferentes culturas e patamares produtivos na zona de estudo. 
2. cruzando a informação de solo com a informação climática e recorrendo aos SIG, criar um sistema que permita indicar os locais de localização preferencial para as várias culturas/rotações culturais.
 
Descrição
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Pretendemos por uma lado recolher alguma informação que complemente e actualize a já existente e por outro lado fazer uma divulgação da vasta informação compilada junto dos agricultores e técnicos agrícolas desta região. Para cumprir estes objectivos propomos as seguintes actividades:
 
ACTIVIDADE 1. Obtenção de dados complementares sobre a qualidade da água utilizada no Perímetro de Rega do Caia. A metodologia usada será - Durante um período de um anos será analisada, mensalmente, a água existente na barragem do Caia. Haverá dois locais de recolha de amostras: o primeiro na zona em que o rio Caia entra na barragem e o segundo nas proximidades do local onde se iniciam os canais de rega. Complementarmente, durante uma época de rega (meses de Maio a Setembro), serão retiradas, quinzenalmente, amostras em 10 pontos distintos dos canais de rega (os pontos serão os mesmos em todas as amostragens). Os parâmetros a determinar serão aqueles que constam na legislação portuguesa para avaliação qualitativa de uma água para rega, nomeadamente: condutividade, pH, nitratos, nitritos, azoto amoniacal, sódio, cálcio, fósforo, magnésio, cloretos, bicarbonatos e potássio.
 ACTIVIDADE 2. Caracterização cultural e caracterização do volume de água usada por parcela/cultura. A metodologia usada será - Com base em informação 
georeferenciada e mapeada através de SIG fornecida pela entidade gestora do perímetro de rega (Associação de Beneficiários do Caia) ficaremos a conhecer a sucessão de culturas em quaisquer das parcelas deste perímetro de rega nos últimos 10 anos e os volumes de água que estas consumiram.
 ACTIVIDADE 3. Caracterização climática. A metodologia usada será - Com base nos dados climatéricos existentes, obtidos pela estação metereológica automática instalada no Perímetro de Rega do Caia, gerida pelo COTR, elaboraremos mapas da distribuição dos diferentes parâmetros climatológicos.
 ACTIVIDADE 4. Obtenção de dados complementares para a análise da evolução ao longo da última década da composição química dos solos constituintes do 
Perímetro de Rega do Caia e áreas adjacentes. A metodologia usada será - Na região de estudo (Perímetro de Rega do Caia e áreas adjacentes) serão recolhidas de forma georeferenciada amostras da camada arável dos solos para posterior análise em laboratório (azoto, fósforo, potássio, pH, matéria orgânica, condutividade, cálcio, magnésio, sódio, capacidade de troca catiónica, soma das bases de troca, Grau de saturação em bases e acidez de troca, bases de troca (Ca, Mg, K e Na), Ferro, carbonatos, cloretos e metais pesados (Pb, Cd, Cr, Al, Mn, Ni, Cu).
Resultados
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Com a realização desta operação pretendemos atingir e difundir um conjunto de conhecimentos sobre o efeito da prática continuada do regadio nas características dos solos mediterrânicos, formas de os monitorizar e práticas conducentes à sua minimização, com vista ao aumento da sustentabilidade deste tipo de exploração da terra..Este conhecimento técnico e científico, obtido com base em projectos que desenvolvemos anteriormente e complementado com resultados obtidos no âmbito desta operação, que pretendemos divulgar e fazer chegar ao nosso público-alvo, os agricultores de regadio portugueses.
Em particular pretendemos informar os agricultores sobre quais dos tipos de solos mediterrânicos são mais vocacionados para o regadio, em virtude de serem os que vêem as suas características menos alteradas com esta prática cultural, e quais são os solos menos aconselháveis para serem regados. Este conhecimento permitirá aos agricultores e gestores de perímetros de rega saber quais os solos que poderão, de forma sustentada explorar em regadio ou, pelo contrário, quais os solos que não deverão ser regados ou com os quais, na eventualidade de terem de ser regados, deveremos ter mais precauções com as técnicas de regadio e com a qualidade da água usada. 
Por outro lado e porque dispomos de um SIG com a sucessão de culturas por parcela e a quantidade de água aplicada, passaremos a saber para cada tipo de solo qual a cultura ou rotação cultural de regadio que mais afecta as suas características químicas. Assim, para cada tipo de solo, podemos informar qual a cultura, ou culturas, que poderão ser praticadas sem qualquer inconveniente ou, pelo contrário, indicar qual a cultura ou culturas de regadio que devemos evitar num dado solo. Este tipo de informação a par da possibilidade de elaborar para a área em estudo de uma carta de vulnerabilidade dos solos pela prática do regadio, permitirá ainda, em casos extremos, que os gestores tomem uma decisão informada e fundamentada de inviabilizar a prática do regadio numa dada região. Complementarmente, exploraremos a vasta informação recolhida, obtendo outros resultados que consideramos igualmente de grande importância. 
Pretendemos assim criar uma metodologia, aplicável a qualquer perímetro de rega, que colocaremos experimentalmente a funcionar no Perímetro de Rega do Caia, em que com base no tipo de solo, nas características químicas desse solo e nas condições climatéricas nos permite determinar com precisão e rapidez quais as zonas preferenciais para a instalação das diferentes culturas regadas. 
Pretendemos também com recurso a um SIG e tendo em consideração as necessidades nutricionais das diferentes culturas para os vários níveis produtivos, criar uma metodologia de cálculo de fertilização que permite saber em cada ponto do terreno qual a quantidade de um determinado nutriente a aplicar. Este será um primeiro passo, a funcionar experimentalmente no Perímetro de Rega do Caia, para a introdução da agricultura de precisão e em particular da aplicação diferenciada de fertilizantes com equipamentos munidos de GPS. 

Outra informação
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Contacto
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Nome: José Manuel Rato Nunes
Morada: Professor Adjunto
Telefone: 967074332 E-mail: ratonunes@esaelvas.pt
Website:  
Documentos:  
Data da informação: 04-12-2013

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