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A mulher e a agricultura |
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Título: A mulher e a agricultura: factores de diferenciação da Região Demarcada do Douro |
Tipologia: |
Promotor: AVIDOURO - Associação dos Vitivinicultores Independentes do Douro (Associação agrícola) |
Outros promotores:
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Localização: Região Norte - Douro |
Concelho: |
Fundo: FEADER Programa: PRRN |
Área de intervenção / Ação:
AI 1 Capitalização da Experiência e do Conhecimento 1.2. Promover a identificação, análise e a difusão de boas práticas e novos conhecimentos que respondam às necessidades dos agentes e criação e gestão de uma base de dados específica para o efeito
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Prioridade temática: Competitividade empresarial, inovação, empreendedorismo e gestão |
Custo total: 151.589 € Financiamento comunitário: 75.795 € |
Financiamento Nacional: 75.795 € Financiamento privado:0 € |
Data de aprovação: Data de conclusão: 05-2013 |
Síntese
Com este projecto pretende-se dotar as entidades associativas, sociais e culturais, promotoras do desenvolvimento das regiões ao longo da Região Demarcada do Douro de uma Base de Dados sumária de todos os factores condicionantes e potenciadores das actividades rurais do território, incutindo nas populações o sentimento de que, com a percepção destas fragilidades e na inserção de diferentes tipos de actividades e de práticas no desenvolvimento regional de todo um território, é possível contrariar o esvasiamento das regiões Durienses, permitindo o aproveitamento e rentabilização dos recursos culturais e naturais, já muito apreciados, promovendo oportunidades de fixação da população, potenciado pela pluriactividade e melhorando as condições de vida das populações. Neste documentário propõe-se realçar as fragilidades do modelo agrícola actual e do papel secundário da mulher, identificar modelos e projectos de sucesso e propostas que devem ser geradoras de riqueza local, através da modernização de actividades atraindo novos empresários nos diversos sectores, que apostem na inovação e encontrem futuro nas apostas propostas. Desta forma, as agentes de desenvolvimento locais terão uma forma de divulgar, de propor, de trabalhar para adopção de novos modelos, de políticas e de boas práticas para a sustentabilidade da agricultura, do território rural e da qualidade de vida das populações rurais, apoiando a criação de micro-empresas que, aproveitando sempre que possível os recursos endógenos, promovam o emprego e travem o êxodo rural, numa óptica de gestão sustentável do espaço rural. |
Enquadramento
Um estudo realizado pela Associação das Mulheres Agricultoras Portuguesas no início dos anos 90 (Monteiro, 1993), aponta para o facto das mulheres agricultoras constituírem a maioria dos activos do sector rural, referindo também que cerca de 67% exerciam a sua actividade como trabalhadoras por conta própria, sendo 21% não remuneradas e 12% trabalhadoras por conta de outrem. Analisando os projectos financiados por fundos europeus (Reg. CEE 797/85), o mesmo estudo revela o crescimento constante dos projectos liderados por mulheres (23% em 1991), com particular importâncias nas regiões agrárias do Entre Douro e Minho, Beira Litoral e Ribatejo-Oeste. O quadro hoje vivido é certamente distinto, dada a considerável transformação das áreas rurais, com a mudança e o declínio das actividades agrárias, a continuada partida da população para os centros urbanos do País e exterior, e a emergência de novas actividades, muito em especial nos sectores secundário e terciário. Em muitas regiões do Portugal rural emergiram iniciativas lideradas e/ou concretizadas por mulheres, tais como cooperativas ou micro-empresas ligadas ao artesanato; casas de turismo no espaço rural; unidades de transformação de produtos agrícolas, nomeadamente de fabrico de doces e compotas, queijos e enchidos; pequeno comércio e empresas prestadoras de serviços de proximidade; e, por fim, explorações agrícolas alternativas, por exemplo agricultura biológica e produção de plantas aromáticas, condimentares e medicinais. Em muitas áreas o caminho trilhado é o da pluriactividade, em matrizes diferentes e como estratégia activa de sobrevivência, combinando o trabalho na vila ou cidade mais próxima com a actividade agrícola de início e/ou final de dia e de fim de semana. O desafio à participação das mulheres no desenvolvimento das áreas rurais persiste. Para a União Europeia, no discurso do Comissário da Agricultura e Desenvolvimento Rural (CE/DGA, 2000:4), “garantir a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres é uma prioridade importante…e uma condição sine qua non para a viabilidade do desenvolvimento rural”, sendo a “ participação plena e completa das mulheres essencial para maximizar os recursos humanos preservando o tecido social das comunidades e revitalizando as economias locais”. |
Objetivos
Este projecto tem como objectivo a produção de um documentário vídeo e de um estudo/relatório final, que sistematiza num mesmo documento a situação real e actual das comunidades rurais durienses, as suas condições socioeconómicas, os seus desejos e as suas limitações no que respeita a acesso a melhores condições de vida. Neste mesmo estudo/relatório, estará também documentado os resultados aferidos aquando do seminário assim como os testemunhos dos técnicos das entidades de desenvolvimento rural da Via campesina e das entidades nacionais e internacionais convidadas. Toda esta produção documental servirá de instrumento para adopção de boas práticas ao nível de atribuição de ajudas ao investimento, ao empreendedorismo e à melhoria da qualidade de vida, através da discriminação positiva das mulheres que se instalam no meio rural, nomeadamente na Região Demarcada do Douro. |
Descrição
A primeira fase deste projecto foi a produção de um documentário em vídeo acerca do papel da mulher no mundo rural na Região Demarcado do Douro. As fases preparatórias deste documentário incluiram: a) estudo e caracterização sócio económica da região Demarcada do Douro, b) levantamento dos factores condicionantes e potenciadores de desenvolvimento local, c) recolha de testemunhos e entrevistas em parceria com os agentes e autoridades de desenvolvimento locais, d) elaboração do guião para concretização do documentário. Estas fases serão desenvolvidas pelo corpo técnico da Avidouro afecto a este projecto, com recurso a pesquisa bibliográfica, consulta a agentes locais, visitas à Região em estudo, reuniões com entidades e recolha presencial de testemunhos. Numa fase posterior, com o guião do documentário já desenvolvido pelo corpo técnico da Avidouro, foi adjudicada a produção do documentário em vídeo. Para a divulgação deste documentário, a Avidouro promoveu um seminário internacional,tendo sido convidados técnicos e agentes de entidades de desenvolvimento rural nacionais e internacionais, ligadas à problemática da igualdade de género e de oportunidades, empreendedorismo e formação profissional. O seminário foi desenvolvido com o objetivo de apresentar o documentário, de testemunhos das parceiras e de casos de mulheres que desenvolvem actividade em meios rurais e um segundo dia para uma tertúlia de ideias, experiências e de propostas para o desenvolvimento da região atendendo à realidade da mulher rural. Toda a informação recolhida durante a produção do documentário e partilha de experiências, ideias, testemunhos e propostas, durante o seminário, constituiram a base de um documento escrito a divulgar junto das entidades de desenvolvimento local na região estudada, capacitando os técnicos com uma ferramenta para promover o desenvolvimento feminino sustentável na região. Toda a informação será posteriormente difundida através dos sites das entidades participantes e da Rede Rural. A impressão deste documento constituirá uma ferramenta útil, de fácil pesquisa, e será distribuída pelas entidades e agentes como prova/resultado do esforço dos técnicos da Avidouro e seus parceiros de desenvolvimento rural, no que respeita à valorização da mulher enquanto ventre de vida e de pão. |
Resultados
No final deste projecto, toda a informação recolhida nas diversas atividades, acerca das potencialidades e condicionantes do desenvolvimento rural no feminino na região do Douro,constitui a base de uma ferramenta concreta, o documentário feito na primeira pessoa. Esta ferramenta serve para ajudar os técnicos de desenvolvimento rural na concretização e implementação de propostas e linhas de promoção do desenvolvimento sustentável da região. Decorrente das acções previstas neste projecto, a produção do documentário e desenvolvimento do relato final, esta informação ficará facilmente disponível através das redes de informação, quer em formato digital, quer em formato papel. Desta forma, as entidades e os agentes terão ao seu dispor um documentário vídeo que através da imagem constituirá uma forma rápida, resumida e esclarecedor da situação da mulher duriense, das suas fragilidades e das suas forças. O estudo final/documentário é uma ferramenta e um instrumento de consulta e de dados que a AVIDOURO fará chegar a todas as entidades que desenvolvam trabalho em territórios rurais deprimidos mas que possuem mulheres dinâmicas e com vontade de empreender, inovar e consolidar o seu papel na esfera pública, no meio empresarial e tirar partido económico e social de actividades ligadas ao seu território. |
Outra informação
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Contacto
Nome: Maria Alberta Gonçalves dos Santos
Morada:
Telefone: 254318485/963929782 E-mail: douroavidouro@gmail.com
Website: |
Documentos: |
Data da informação: 07-01-2014 |
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